Este site é o resultado de minhas pesquisas e entrevistas para a realização da dissertação de mestrado do programa Profhistória da Universidade Estadual de Santa Catarina. Sou professora e leciono História para a educação básica em Florianópolis, Santa Catarina. Nesta pesquisa eu busquei explorar as possíveis formas de como a História pode ajudar a desenvolver a autonomia dos estudantes com deficiência intelectual. E ao longo do percurso eu me deparei mais com perguntas do que respostas. Minhas tentativas de responder a elas resultaram no conteúdo aqui exposto.

 

 Pode parecer simples pensar na educação inclusiva, pois todos sabemos que não se deve subestimar as capacidades de nenhum estudante. Pode parecer óbvio que todo professor tem por objetivo estimular o desenvolvimento de seus alunos. Mas não é. Nós, professores de História, não fomos preparados, pelo menos não de forma satisfatória, para trabalhar com estudantes com deficiência intelectual em nossas formações. Nós não temos o repertório didático que os profissionais da Educação Especial têm.

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Nesse universo de inseguranças, para o qual não fomos preparados e que é uma realidade cotidiana da maioria das escolas de ensino regular, devemos nos impulsionar para conhecer os nossos estudantes e suas especificidades e aprimorar este repertório didático capaz de contribuir para o seu desenvolvimento integral. 

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Não espere encontrar aqui receitas prontas de como adaptar e tratar conteúdos para serem usados com todos os estudantes com deficiência. Não há como pensar em padronizar as estratégias usadas para os estudantes com deficiência intelectual, porque não há como padronizar os sujeitos, sejam eles neurotípicos ou com deficiência intelectual. 

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A educação inclusiva tem como foco o respeito às diferenças e essas não podem ser, por essência, igualadas. Reconhecer a igualdade de direitos não é o mesmo que ignorar a necessidade de adaptação de estrutura, recursos e estratégias diferenciadas. A igualdade no discurso da inclusão diz respeito às oportunidades de desenvolvimento integral do estudante. Percebê-lo como alguém capaz de aprender não significa ser alguém capaz de aprender da mesma forma que todos os outros. 

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Intento aqui, prestar algum tipo de solidariedade, apoio e sugestões aos colegas que buscam um olhar sensível para tratar seus estudantes com deficiência intelectual e a expectativa que me move é a de poder contribuir com ideias para o aprimoramento de suas estratégias didáticas voltadas para a educação inclusiva. O que ofereço é uma visão geral, passível de adaptações e acréscimos, acerca deste universo da educação inclusiva e de como a disciplina de História pode estar inserida nele.

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Gabriela Grudka Pohlmann

Professora, historiadora e pesquisadora